sábado, 19 de setembro de 2009

O paradoxo da Teologia Prática






Há quem defenda que “a Teologia Prática como caminho torna-se ao mesmo tempo mais urgente e mais remota”. Tal afirmativa encontra fundamento em um contexto social de predomínio do individualismo e da exclusão social daqueles que são menos favorecidos pela [falta de] oportunidades propiciadas por um sistema roto, fruto de uma sociedade capitalista e de consumo, que se consolida discriminatória e elitista face à prática da exclusão pelo exercício da valoração com base no princípio de que o homem/cidadão “vale o que tem”.



Assim, para que tal paradigma social seja rompido, é necessária a prática de uma teologia pastoral que propugne pela justiça e igualdade social, pautada pelo amor Divino, o que equivale dizer que a Teologia Prática se torna mais “urgente”. Porém, a Teologia que é urgente torna-se remota ante a lógica humana que é induzida pelo egoísmo e individualismo, pois torna cada vez mais distante uma prática pastoral que vá ao encontro dos anseios dos excluídos e injustiçados pelo sistema para que se reestabeleça a coesão social.



Em suma, “a Teologia Prática como caminho torna-se ao mesmo tempo mais urgente e mais remota” é o reflexo do dualismo humano já prenunciado por Paulo: “porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rom. 7:19).


André Luiz Gomes Schröder 



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