Flavius Valerius Constantinus, conhecido por Constantino entrou para a História como
primeiro imperador romano a professar o cristianismo, dando a liberdade de
culto aos Cristãos em 313 d.C., porém, até o ano 315 d.C., prestava culto ao deus
imperial Sol e mantinha-o como símbolo principal em suas moedas. No dia
anterior ao da sua morte, Constantino fizera um sacrifício a Zeus, e até o
último dia usou o título pagão de Sumo Pontífice e não participou dos atos litúrgicos de missa e
eucaristia e somente foi batizado em seu
leito de morte em 337 d.C. Diz de Constantino que ele favoreceu de modo igual
as religiões, quer cristã ou pagã.
O maior feito do Imperador Romano Constantino, em prol do Cristianismo,
foi a liberdade de culto com a garantia de um espaço apropriado e a interrupção
das perseguições que produzia, diuturnamente, os mártires do cristianismo. Ele
influenciou na inclusão na igreja cristã de dogmas baseados
mais conhecidas foi o Édito de Constantino, promulgado em 321, que determinou
oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção dos lavradores - medida
tomada por Constantino utlizando-se da sua prerrogativa, como Sumo Pontífice,
de fixar o calendário das festas religiosas, dos dias fastos e nefastos (o
trabalho sendo proibido durantes estes últimos). Note-se que o domingo foi
escolhido como dia de repouso, não apenas em função da tradição sabática
judaico-cristã, como também por ser o "dia do Sol" - uma
reminiscência do culto de Sol Invictus.
Sob o governo de Constantino, as discussões doutrinárias passaram a ser
tratadas como questões de Estado, logo, era posto em questão o valor político
da decisão e não apenas a essência da dogmática teológica, fazendo predominar a
força da filosofia e a construção dos credos.
Diz, um dos viés da história, que no concílio de Nicéia, para o Imperador
Constantino garantir a unidade do cristianismo e por conseguinte a unidade de
seu império, ele manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para
garantir que votariam no que ele acreditava que seria viável para o império e
não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a
favor de Arius foram exilados e os
escritos de Arius [afirmavam que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de
Deus e negava que ele fosse da mesma essência ou substância de Deus] foram
destruídos. Diversos bispos do Egito foram expulsos devido à sua oposição ao
credo e Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos
arianistas estaria sujeito à pena de morte”. Os discípulos de Arius não se
calaram e suas vozes foram tão fortemente ouvidas que, anos mais tarde,
Constantino extinguiu seu exílio e exilou o opositor de Arius, Atanásio, em uma
clara demonstração de interesse político em suas decisões.
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