sábado, 19 de setembro de 2009

A relação entre o Templo e sinagoga judaica








Para o judeu o Templo de Jerusalém era o símbolo máximo – visível – da  presença invisível de Deus, no meio do povo. Era o local exclusivo da morada de Deus, de adoração, de comunicação com Jeová e de sacrifício e oferendas a Deus, conforme a doutrina salomônica que foi preservada mesmo com a intercorrência da destruição do templo em 587 a.C.



Nos primórdios da Era Cristã, esta importância é revelada nos eventos da história de Jesus – anuncio do nascimento de João Batista, apresentação de Jesus no Templo, purificação do Templo, profecia de Jesus quando entra em Jerusalém e a grande migração nos dias de festas nacionais para as comemorações no Templo.  Tudo revela o zelo especial que Cristo e os judeus tinham pelo Templo e sua liturgia.



Após o cativeiro, a destruição babilônica do Templo e com a dispersão dos judeus houve necessidade de criar um local de reunião religiosa dos judeus. Esse local foi chamado de Sinagoga. Era o local de reunião – comunhão – oração, adoração a Deus, doutrinamento, julgamento das questões éticas-religiosas e, principalmente, sua função central, a leitura das "Leis e dos Profetas", porém não era um lugar sacrificial. Os sacrifícios judaicos continuavam centrados no Templo de Jerusalém.



Nas sinagogas havia um sentimento de presença especial de Deus, porém somente no Templo havia o "santo dos santos". A sinagoga não substituía o Templo, mas era um espaço próximo do povo onde o acesso era democratizado e serviu de inspiração para os locais de reunião dos cristãos que muitas vezes se reuniram nas sinagogas.




André Luiz Gomes Schröder



Nenhum comentário:

Postar um comentário