[Disse Jesus]:
Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia:
Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei [...]
Respondeu Jesus, e disse: [...]
Agora é o juízo deste mundo: agora será expulso o príncipe deste mundo.
[Jo 12.27-31]
Ao se aproximar da hora em que Cristo seria crucificado e falando a seus discípulos, ele se mostrou preocupado com aquele grupo de crentes ainda fracos, por não terem certeza quanto às coisas futuras, e em suas palavras de encorajamento Cristo lhes prometeu a sua paz e disse que ela não é como a paz oferecida pelo mundo [Jo.14.27].
Não podemos olhar essa promessa sem ver seu contexto, pois no versículo imediatamente anterior ao 27 nos fala do Espírito Santo que seria enviado [v.26], o qual tem a função de instruir e também de consolar os cristãos.
Ligando uma promessa à outra, entendemos que a paz de Cristo está no consolo do Espírito Santo. Ele é quem faz morada nos filhos de Deus e também se põe de pé, ao lado do cristão, para auxiliá-lo e confortá-lo, dar-lhe paz.
Voltando ao texto, percebemos que os versículos 23 a 25 nos fala em que condições Deus faz morada em um ser humano fraco e pecador. Categoricamente Cristo disse que "se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada".
[Aleluia! O alto, sublime e eterno Deus habita na pequena e frágil criatura que guarda as suas palavras! Maranata! Ò Deus, faça a sua vontade em minha vida! Guia-me pelas veredas da justiça e que eu seja uma testemunha viva das suas promessas].
Percebemos então que é o amor a Deus que faz o coração do homem se abrir para que o Espírito de Deus habite nele, e também é esse amor que nos transporta do reino das trevas para o reino da luz, tornando o caminho do reino do céus e o caminho do "príncipe deste mundo" antagônicos e sem qualquer conciliação.
O amor a Deus, motivado pelo reconhecimento do sacrifício de Cristo, nos faz afastar das ilusões do príncipe deste mundo, que é Satanás, pois quando somos atraídos pelo amor de Deus, reconhecemos que é necessário expulsar de nossas vidas o "príncipe deste mundo", afinal, ele nada tem a ver com o reino de Deus, conforme Cristo declarou [Jo.14.30]. Nestas palavras encontramos uma expressão idiomática judaica que expressa que Satanás não pode controlar Jesus, não pode exigir coisa alguma, pois ele não pode acusá-lo de qualquer falta.
O apóstolo Paulo nos adverte para não dar lugar ao Diabo [Ef. 4.27] e também não entristecer o Espírito Santo de Deus que habita em nós [v.30] , para tanto, devemos fugir do engano do príncipe deste mundo e praticar as obras do Espírito [Ef. 4, 5 e 6].
Agindo assim o príncipe deste mundo não terá lugar em sua vida e você poderá sentir a alegria e paz que Cristo dá a todo aquele que ouve e pratica as palavras da verdade.
Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós [Tiago 4.7].
Pr André Schroder
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