sábado, 21 de abril de 2012

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Neemias 1.1-4.

Neemias era copeiro do rei. Sua função era provar todas as bebidas e verificar se elas estavam envenenadas ou não. De certa forma, sua condição no palácio era estável e confortável. Porém, ele viveu dias dramáticos. Ao receber a notícia de que a cidade de Jerusalém estava destruída, seus muros derrubados e seus habitantes sofrendo, ele se sentiu impotente diante das circunstäncias. Para pior ainda mais a situação, ele não podia expressar a sua tristeza, pois qualquer sinal no seu rosto poderia deixar o rei desconfiado. Mas ele não conseguiu esconder seus sentimentos(Neemias 2.1-2).
Não é difícil contextualizar o drama vivido por NEEMIAS. Basta olhar ao redor, ler as notícias ou ligar a televisão para enxergarmos lares destruídos, crianças abandonadas, desastres, guerras, pessoas desesperadas que não sabem como lidar com o futuro incerto. A notícia da situação caótica em jerusalém fez com que NEEMIAS desabasse não em desespero, mas em oração e jejum diante da DEUS. Ouvir más notícias tem sido uma realidade constante, ainda mais com o avanço tecnológico - em poucos segundos, os fatos são divulgados ao mundo inteiro. Se não estivermos centrados no amor de DEUS, corremos o risco de nos tornarmos insensíveis diante de tantas tragédias.
NEEMIAS não ficou indiferente à situação deplorável de seu povo. Depois de se recuperar do choque inicial, ele orou implorando a intervenção divina e expressou o desejo de ajudar na reconstrução da cidade.
Infelizmente, na maioria das vezes ficamos tão dominados pela imensidão dos problemas que nos esquecemos de olhar para a grandeza de DEUS, e dessa forma o consideramos pequeno e frágil. E o que nós podemos fazer para ajudar quem precisa! Assim como NEEMIAS, devemos buscar ao SENHOR e fazer o que estiver ao nosso alcance.

Confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz (Tiago 5.16).

Juliana Scheibner Dellafavera.
[publicação: Pão diário: o livro das leituras devocionais diárias, nr 15. São Paulo: Rário Transmundial, 2012]

A PÁSCOA DO CRISTÃO

Hoje comemoramos a Páscoa. A primeira Páscoa surgiu para marcar o fim da escravidão dos hebreus pelos egípcios [Ex 12]. As celebrações eram "sombras das coisas futuras" [Cl 2.17], ou seja, elas tipificavam aquilo que um dia tornar-se-ia a história da morte e ressureição do Senhor Jesus, visto que a segunda Páscoa foi instituída para marcar o sacrifício de Cristo e também que todo aquele que crê que Cristo morreu em nosso lugar, está livre da condenação pelo pecado, a morte eterna. Portanto, para o cristão, Páscoa significa libertação, pois é a obra de Cristo para a nossa redenção.
Na primeira Páscoa existe um curioso detalhe. Os hebreus comemoraram a páscoa antes de saírem do Egito, sacrificando um cordeiro e colocando o seu sangue na porta da casa. Celebraram, portanto,  o cumprimento da profecia antes que ela se cumprisse [Gn 15: 13,14] e se o sangue do cordeiro não fosse derramado e aspergido sob os umbrais da casa, o povo de Israel morreria como os egípcios, um povo que não temia a Deus.
Por meio da primeira Páscoa, Deus ensinou ao seu povo que alguém deveria morrer para que eles tivessem vida e libertação. Na segunda Páscoa Ele nos mostra que Cristo é o Cordeiro de Deus [Jo 1.29], o qual morreu no lugar de todo pecador que aceitar o seu sacrifício substitutivo para ser livre do pecado e ter vida eterna com Deus [cf. Jo 3.16; 8.32,36 e Mt 11.28].  
Se creio que Cristo é o Cordeiro da Páscoa que teve o sangue derramado para me livrar da morte do pecado para que eu possa, na vida eterna, habitar nos céus com Deus, devo então celebrar a páscoa com profunda reverência, afinal, Cristo é o nosso cordeiro da Páscoa. Ele derramou seu sangue para me livrar da morte. A minha libertação espiritual foi comprada com o sangue de Cristo, a nossa Páscoa [1Co 5.7,8]. 
Olhando para a primeira Páscoa, aprendemos  que devemos celebrar a glória eterna, a herança que temos em Cristo Jesus, antes mesmo de desfrutar das maravilhas celestiais, pois assim como o sacrifício do cordeiro se deu antes da saída do povo do Egito, a nossa fé e a nossa obediência devem vir antes da entrada na vida celestial, quando haverá  a plena libertação, pois a libertação espiritual, pela fé e obediência, precede a libertação física.
Assim como os hebreus celebraram a páscoa e começaram uma vida livre da escravidão, celebremos a morte e ressureição de Cristo e vivamos uma nova vida livre do pecado e na plena comunhão com Deus.

Pr Andre Schroder

domingo, 1 de abril de 2012

PREPARANDO-SE PARA PÁSCOA

Veio, pois, Jesus seis dias antes da páscoa, a Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe ali uma ceia; Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.  Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus, e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? [...] Respondeu, pois Jesus: Deixa-a; para o dia da minha preparação para a sepultura o guardou; [JOÃO 12.17]

Assim como o tempo em que vivemos, a festa da Páscoa estava se aproximando. Como conta o evangelista Marcos, cap. 14.3-9, Jesus foi recebido por Simão, o leproso (alguns pensam que esse homem era um amigo ou parente de Lázaro, Maria e Marta) e, mais uma vez, Marta servia aos convidados, garantido-lhes uma boa estada, e eis que surge sua irmã, Maria, também disposta a servir e ainda com mais esmero que Marta, a conhecida anfitriã.
Maria trazia consigo um jarro de alabastro, cheio de perfume de nardo, uma planta da Índia. O costumes daqueles dias era o anfitrião derramar apenas algumas gotas do perfume em sua visita, porém Maria surpreendeu a todos, pois não quiz apenas fazer o que era comum, normal e esperado. Naqueles dias esse perfume era usado somente em ocasiões especiais, pois custava o salário de um ano de um trabalhador. Acreditamos que ela dedicou tudo o que tinha ao mestre: quebrou o jarro e derramou todo o perfume em Jesus.
Sem saber, Maria ofereceu um sacrifício preparatório para a morte de Cristo, ungindo seu corpo para a sepultura, para a remissão do meu, seu e dos pecados dela. Ela não considerou o quanto lhe custou o perfume com o qual ungiu o corpo de Jesus, mas, depois de tudo o que ela prendeu aos pés de Cristo, ela estava pronta para servir e considerou o amor que tinha pelo mestre.
Cristo já morreu na cruz. Ressucitou e está com o Pai Celeste. Hoje ele não espera que você derrame um vaso de perfume caro em memória do seu sacrifício, mas ele quer que você dedique aquilo que você tem de mais valioso que é seu tempo, seu serviço, sua dedicação ao Reino de Deus. 
Prepare-se! Nesta semana que se aproxima da Páscoa, dê a Cristo um sacrifício santo e agradável a Deus, que é o culto racional [Rom. 12.1,2]. 

Pr André Schröder
CEGOS DE NASCENÇA

"Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo." 
(João 9:25)
No cap. 9 de João temos a história de um cego de nascença. Não sabemos o seu nome, sua origem, onde morava, nem mesmo o seu nome. 
Entre nós, diríamos que o "cego de nascença" é um "José da Silva", legítimo representante da raça humana. Homem como qualquer um de nós que vive no anonimato e transita pelas ruas sem ser notado pela maioria das pessoas. Não fazemos nada de extraordinário e não somos lembrados por nenhum grande feito, bondade excessiva, assim como as pessoas não estão a apontar nenhum erro, transgressão às normas sociais ou pecado, porém, a Bíblia nos diz que nascemos em pecado, que vivemos de transgressão e desobediência a Deus pelo simples fato de buscar satisfazero desejo do nosso coração, fazer a nossa vontade e não atentarmos para a soberania do Deus que fez os céus e a Terra e domina todas as coisas. 
Esse cego de nascença, portanto, tinha o mesmo estilo de vida que nós temos, mas o mais importante é que Cristo o escolheu para servir de ensinamento e o curou para manifestar a glória de Deus. Aquele homem padeceu da cegueira física e nos mostra, hoje, que padecemos da cegueira espititual. Sua história foi contada e serve para nos ensinar que não importa quem você, mas quando Jesus passar na sua vida Ele vai te curar da cegueira espiritual e para receber essa cura, basta reconhecer que vivemos em pecado, em desobediência a Deus e crer que Jesus é o filho de Deus, que ele morreu em uma cruz para glorificar o nome daquele que ignorei e deixei de glorificar como Deus soberano. Cristo fez a vontade de Deus enquanto eu a desprezei.
 Somente após ser tocado pelo Senhor da Vida é que aquele cego passou a ver, assim como somente se você abrir seu coração para ser tocado pelo Espírito de Deus é que seus olhos abrirão para reconhecer seu pecado de nascença, para ver a glória de Deus, para se fazer filho de Deus.
Não se deixe ser levado pela multidão daqueles que não se deixaram ser tocados por Cristo, pois "O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (II Cor 4:4), e "a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as travas do que a luz; porque as susas obras eram más" (Jo 3.19). Deixe que Cristo abra seus olhos para que entre a luz do céu e assim diga, "uma coisa eu sei: eu era cego, e agora vejo".
Pr André Schröder