A primeira visita de Paulo, Silas e Tomóteo a Tessalônica foi conturbada face ao conflito com os líderes da sinagoga, os quais lhe acusaram de sedição e traição a César (Atos 17:7), pondo em perigo o anfitrião, Jasom. Assim, Paulo foi obrigado a deixar a nova igreja sem uma liderança experiente.
Para Matthew Henry, a primeira Carta aos Tessalonicenses teve por motivação “o bom informe da constância da igreja de Tessalônica na fé do evangelho”, conforme testemunho de Timóteo, por ocasião de sua segunda visita. Motivado pelas boas novas, Paulo, cheio de afeto, alívio, esperança e confiança, vê como oportuna a “ocasião para desafogar seu coração” e orientar o rebanho em crescimento, mesmo carente de uma sólida liderança, o que fez com exortações práticas, respondendo às questões – não controversas, mas carregadas de dúvidas – existentes na comunidade, como questões relativas ao destino dos mortos, arrebatamento da Igreja e da parusia de Cristo (I Tes. 4:1-12, 5:12-28; II Tes. 1; 2:13; 3:15).
É fácil notar que Paulo pretendeu também encorajar a igreja gentílica, vinda do paganismo, a se mater fiel mesmo em meio às provações e perseguições. Orientou-os ainda a seguir uma vida piedosa, dedicada ao Senhor.
A segunda Carta aos Tessalonicenses é uma continuidade dos assuntos tratados na primeira Carta e foi escrita para extinguir as dúvidas persistentes quanto à parusia, pois já impedia a difusão do Evangelho, face ao comportamento segregário que se instalava na igreja.
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