Uma boa medida para indicar a importância da “Epístola” de Paulo aos Romanos se tem ao delinear a influência que o “Evangelho Segundo Paulo” exerceu no cristianismo do mundo Católico Romano e da Reforma Protestante, em Martinho Lutero , João Calvino e John Wesley. Se foi grande a influência de tal “Epístola” na vida (conversão) e o obra teológica de Santo Agostinho, torna-se difícil mensurar se na Reforma Protestante a grandeza da influência foi superada, pois fundadas na graça e justiça de Deus, apresentadas por Paulo, ambas as vertentes teológicas foram traçadas como pilares do cristianismo e, intrigantemente, de sua reforma.
Na mesma medida em que “a Epístola” influenciou os expoentes do cristianismo ela tem influenciado os mais diversos pregadores, pois não há como fundamentar um discurso de salvação pela Graça sem acolher os fundamentos expostos aos gentios.
Ao destacar os termos “Epístola” e “Evangelho Segundo Paulo”, revelamos nossa compreensão sobre a importância de tal “carta”, pois fica demonstrado que a mensagem de Paulo está ali condensada, transcrita em seu tratado, sua suma teológica ou “testamento” que revela o “evangelho” aos gentios, o qual recebeu de Cristo e agora transmite a uma Igreja que se formou quase espontaneamente [conclusão face à falta de registro de uma obra missionária genitora da Igreja] a partir da dispersão de Jerusalém e convergência para Roma daqueles que eram os neófitos do caminho, mas que defenderam varonilmente [ou melhor, divinamente] o Evangelho de Cristo que era debatido nas sinagogas, a ponto de provocar a expulsão dos judeus da Cidade de Roma. Após a expulsão [reincidente] dos judeus, os gentios cristãos reuniam-se nas casas.
André Luiz Gomes Schröder