sábado, 10 de novembro de 2012

SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS!


Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher. Jo 4.39





Um jurista, ao ouvir a palavra testemunho, vem à sua mente o ato de depoimento, de declaração proferida por uma testemunha. Este não é um conceito errôneo. Testemunhar é verdadeiramente declarar e foi o que a mulher samaritana fez ao ouvir de Cristo que Ele era o próprio Deus. Ela creu que Cristo poderia lhe dar a vida eterna e de imediato saiu a proclamar as verdades de Deus. Ela testemunhou, ela falou de Cristo. Ela tirou seus vizinhos de suas casas e os levou ao lugar onde Jesus estava, para que eles mesmos ouvissem as palavras da salvação. Ela não se envergonhou em abrir sua boca para falar.


Quanta ousadia daquela mulher. Ela foi uma "testemunha" e suas palavras foram ouvidas e foram capazes de convencer e conduzir muitas pessoas à presença de Cristo.


Naquele tempo, dentre os líderes religiosos dos judeus destacava-se os fariseus, homens zelosos da lei, diligentes no cumprimento, divulgação e ensino dos rituais e normas legais. Eram verdadeiras testemunhas da Lei de Moisés, porém Cristo os chamou de hipócritas, pois testemunhavam pela palavra e praticavam os rituais, mas em seus corações não haviam amor a Deus, ao próximo ou mesmo à lei que eles ensinavam, pois ensinavam "não adulterarás", mas cobiçavam a mulher do próximo;  ensinavam "não matarás", mas odiavam uns aos outros e lhes desejavam a morte; ensinavam "amarás ao teu próximo como a ti mesmo", e para provar isso davam esmolas para que todos pudessem ver, mas não eram capazes de socorrer um ferido caído ao chão; ensinava "amarás ao Senhor teu Deus", mas consideravam um fardo fazer a vontade de Deus.


Os fariseus eram testemunhas, mas não praticavam suas palavras, seus ensinos.


No evento conhecido como "a grande comissão", após aparecer ao discípulos e ter uma longa conversa com eles, Cristo Jesus fez a promessa do dom do Espírito Santo e, segundo conta o historiador Lucas, ele mandou que todos fossem "testemunhas" de Cristo até os confins da terra [At. 1.8], enquanto Mateus, o apóstolo e discípulo que estava presente e conversou com Cristo, entendeu que Cisto mandou ir e fazer discípulos de todas as nações. 


Para o cristão, diferente do jurista, testemunho não é apenas uma declaração, mas é viver em conformidade. Assim, tanto Lucas como Mateus e a história da samaritana nos ensina que devemos atrair seguidores pelo testemunho, ou seja, pela prática da palavra de Deus, pois nós somos chamados para ser luz do mundo, refletindo as verdades encontradas no pacto que temos com Deus em Jesus Cristo.


A vida do cristão deve ser coerente com aquilo que ele crê e até mesmo ensina. Em 1Jo 2.6, temos que "aquele que afirma que permanece [em Cristo] deve andar como ele andou", pois nós somos a carta viva de Cristo "conhecida e lida por todos os homens" [2Co 3.2,3], e como disse Moody "de cem homens, um lerá a Bíblia [mas], 99 lerão o cristão".


Visto que os homens leem o cristão, ou seja, olham para seus atos e leem os ensinos de Cristo, o testemunho do cristão pode até mesmo ser silencioso, sem palavras, mas deve ser um verdadeiro discipulado: o ensino pelo exemplo, refletindo os ensinos de Cristo.


Portanto, faça tudo para testemunhar de Cristo e, se necessário, use as palavras.


Pr André Schröder

sábado, 3 de novembro de 2012

O FILHO AMADO FAZ A VONTADE DO PAI


Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra [Jo 4.34]. 





Jesus é o unigênito filho de Deus e Lucas, o evangelista, nos mostra que Deus anunciou que Jesus Cristo é o filho amado de Deus e aquele que agrada a Deus [Lc 3.21,22]. A Bíblia nos ensina que nós, os homens que creem  no sacrifício de Cristo, somos filhos por adoção. Se todo homem que é filho de Deus é um filho adotado, quer dizer que fomos criados longe do Pai e agora precisamos aprender as regras da casa de Deus.


Quando o filho nasce na casa do pai ele cresce e aprende seus direitos e deveres e assim o fazer a vontade do pai lhe é natural, pois ele aprendeu no dia a dia como se comportar, mas no caso de um filho que é adotado já sendo grande e que traz para a casa do pai seus vícios e costumes contrários aos costumes do pai, ele tem dois caminhos a seguir: ele pode escolher o caminho da experimentação, de agir e correr o risco de acertar ou errar, agradar ou aborrecer, ou ainda poderá escolher o caminho da imitação, ou seja, agir como o filho que agrada ao pai e assim, tendo um comportamento semelhante ao filho amado ele também agradará ao pai.


Jó, o servo que sofreu para provar sua fidelidade a Deus, procurou aprender de Deus para lhe agradar e disse que  dava mais valor às palavras da boca de Deus do que ao seu pão de cada dia [Jó 23.12]. Este é um exemplo de dedicação, reconhecimento  e valorização daquele que o amou e lhe tomou como filho.


Jesus, quando esteve entre nós, os filhos por adoção, ensinou-nos verdades preciosas sobre o relacionamento com Deus e também deu prova do amor ao mandamento a Deus e do zelo e cuidado para com o agir segundo a vontade Deus. No texto que ressaltamos acima, assim como Jó deu valor inestimável à palavra de Deus, Jesus também considerou que o fazer a vontade e a obra ou missão recebida de Deus é tão satisfatório que excede à vontade ou necessidade de comida.


Após esse ensinamento que valoriza o fazer a vontade de Deus e valoriza também o cumprimento da missão concernente ao reino de Deus, Jesus mandou que os discípulos olhassem para mundo a fim de perceber o quanto e como poderiam servir como instrumentos de Deus para a salvação do homem e assim cumprir a vontade de Deus que é "todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna" [Jo 6.40]. Assim, nossa missão é apresentar Cristo ao mundo e ao receber uma missão no Corpo de Cristo que é a igreja, a qual tem a missão maior de estabelecer o Reino de Deus na terra, devemos ouvir as palavras do sábio rei Salomão o qual nos ensina que tudo quanto vier às mãos para fazer, teremos que fazer com todas as nossas forças, visto que a oportunidade para fazer é aqui, pois no além, após a morte, não se poder fazer mais nada neste mundo material [Ec 9.10].


Assim, façamos a obra de Deus com total dedicação, pois Deus se agrada daqueles que o amam e dão prova disso.


Pr André Luiz Gomes Schroder